Seminário de Formatação do Plano Municipal de Cultura

Ocorreu no dia de ontem, no auditório do COL, o Seminário de Formatação do Plano Municipal de Cultura de São Leopoldo. Fernanda Vieira Fernandes esteve presente representando FAC. Segue breve relato da agente cultural:

“O Seminário foi uma espécie de workshop para entendermos como organizar as metas propostas para as diretrizes já aprovadas do Plano: o que deve ser uma ação imediata? O que é ação permanente? O que é ação a longo prazo? Bons debates surgiram destes questionamentos... Como critérios para elencar prioridades, quatro eixos a observar:

1. maior benefício ao município;

2. facilidade de implementação;
3. maior fragilidade;

4. maior número de beneficiários.

 O consultor que veio acompanhar o processo nos ajudou a compreender um pouco mais a lógica deste ‘emaranhado’ de ideias e iniciativas que surgem a cada dia. Somente o Fórum de Artes Cênicas levantou e encaminhou à SMC 22 metas relativas a sua área de atuação, abrangendo as mais diversas ações. Ainda estamos nos primeiros passos... e o olhar tem que ser de longo alcance, pois falamos em um plano de 10 anos.

Por fim, creio que seja importante ressaltar a expressiva presença dos órgãos governamentais neste evento – diversas secretarias enviaram seus representantes. Muito bacana esse espaço que a cultura vem ganhando junto aos seus pares – que espero que se mantenham no debate e não participem apenas de forma pontual. 

Todavia, se, das cerca de 25 pessoas presentes (era o que mais ou menos constava na folha de presença), apenas duas (eu e a Gladys) atuam em fóruns de linguagens e não ocupam cargos públicos, algo me preocupou... Por que somente Fórum de Artes Cênicas e de Livro e Leitura estavam lá? E os demais fóruns? Me pergunto: será que foi por conta do horário e data (em dia de semana/horário comercial)? Será que não vêem importância? Será que não tomaram conhecimento? Acho que a divulgação poderia ter sido mais eficiente – eu mesma soube bem por acaso... Não recebi nada avisando sobre o seminário... Será que a divulgação ficou restrita ao Conselho Municipal de Cultura e secretarias de governo?

É preciso que nós, artistas, ocupemos os espaços que surgem, pois como disse o consultor Sergio Cordioli: ‘não há garantia de execução, o gestor ainda tem o poder de decisão’. Se não estivermos envolvidos com o todo, como poderemos cobrar o que está no papel, o que foi planejado, os compromissos firmados conosco? Sair um pouco do espaço de conforto ao qual estamos acostumados e ir atrás do que desejamos não apenas para o nosso trabalho ou para resolver problemas, mas lançar-se no debate e fazer acontecer, não importa quem esteja no comando, quem esteja com a caneta na mão.”